Fragmentos.

Eu ando pelo mundo
como forasteiro que sou
a procura de lar.
De andar sereno
e conversas profundas
pareço ter mais idade do que tenho
A cabeça cheia de fantasias
que agora esbarram na realidade.
Percebo ao longe pessoas que amei
e me pergunto se amarei novamente.
Ao fundo me seguem
lembranças que crio
como subterfúgio
porque de fato
elas doem.
Caminho pelo mundo
a espreita
esperando o tempo desinflamar
as feridas do meu corpo.
Pareço reclamar
mas sei que é melhor tergiversar.
Antes recriar do que permitir
um novo ferimento.
Pareço triste
mas estou ausente,
Parei de sentir
já faz um tempo,
essa anestesia
me fez cego
Só me resta tatear.

Sara.












Fonte da Imagem: http://homoliteratus.com/quinta-da-poesia-fragmentos/

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