Vazante.
Eu quero fazer uma cartografia desse sentimento.
É um rio vazante que se estende por mim.
É despretensioso,
mas sem tardar seu peso me joga ao chão.
Grandes suspiros me tomam
e eu lamento cair,
mais uma vez,
sobre esse sentimento.
Eu sinto demais
e de tanto sentir
eu canso.
É um tecido remendado que sempre rasga
e eu novamente costuro
porque é o único que tenho
não dá para me livrar desse sentimento.
Caída ao chão eu reflito
chegando às mesmas conclusões
eu minto
de que não permitirei que se repita.
É cruel se ver refém de um rio vazante,
que não se importa com as barragens,
ele sempre rompe.
Dedicada a divagar
eu aceito a velocidade dessa água
eu aceito a violência dessa água
eu aceito a existência dessa água
em uma tentativa tosca de deixa-la correr
de mim.
Sara.
É um rio vazante que se estende por mim.
É despretensioso,
mas sem tardar seu peso me joga ao chão.
Grandes suspiros me tomam
e eu lamento cair,
mais uma vez,
sobre esse sentimento.
Eu sinto demais
e de tanto sentir
eu canso.
É um tecido remendado que sempre rasga
e eu novamente costuro
porque é o único que tenho
não dá para me livrar desse sentimento.
Caída ao chão eu reflito
chegando às mesmas conclusões
eu minto
de que não permitirei que se repita.
É cruel se ver refém de um rio vazante,
que não se importa com as barragens,
ele sempre rompe.
Dedicada a divagar
eu aceito a velocidade dessa água
eu aceito a violência dessa água
eu aceito a existência dessa água
em uma tentativa tosca de deixa-la correr
de mim.
Sara.
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