Palavras da Minha Alma.

Eu não tenho nada
E não sou nada
Só tenho a mim e as minhas palavras
Será que basta?
Para quem?
Para quem eu quero bastar?
Sei que em mim há vazios profundos
Que desconheço
E vivo percorrendo outros vazios
Para evitar os meus.
Também sei que já não me basta o destino
E a determinação
Há em mim precisas contradições
Que dão limite ao que esperam de mim
Sempre respondi ao esperar de outros
E tem alguém que eu nunca consigo responder
Esse alguém sou eu
Eu que percorro caminhos alinhados em buscar de alinhar um caminho
Para mim
Eu que desfruto das mais prazerosas companhias
Que sempre julgam com a lente do aqui e agora viver o mesmo
Sem saberem dos caminhos tortuosos que me perpassam...
Haverá espaço para deixar ir esse sentimento de abandono
Que sempre me toma
Nas horas mais calmas da minha vida
Eu que sempre penso estar refugiada dos meus pesadelos
Me deparo com bombardeios internos de desesperanças.
Sabem os céus o que vive em minha alma
Alma despida de ornamento
Caracterizada de confusão
Solitária e altamente desejosa de bem viver.
Alma percorrida e percorrente
Que parece rio doce
Em manhãs calmas
Eu quero abraçar essa alma
Porque eu preciso compreendê-la
Ninguém mais pode por mim fazê-lo.

Sara

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