Reflexões acerca de ser.

De repente uma pergunta.
Quem sou eu?
Eu tenho um nome,
que me diz muitas coisas,
que me rotula.
Eu tenho um reflexo,
que não me diz muitas coisas,
que me intriga.
Às vezes eu gosto dele,
às vezes o detesto.
Nunca disse à alguém
que não sei quem sou.
Estou nessa busca todos os dias da minha vida.
Às vezes me defino por um gosto,
por uma religião, por uma roupa,
mas quando encaro meu reflexo
tudo se perde e a pergunta retorna:
quem sou eu?
Às vezes nos meu silêncios
me procuro em outras pessoas.
Cada ser humano é único em si, em suas qualidades,
em seus defeitos e em seu sorriso,
pois no fim não existem pessoas iguais.
Eu só queria me definir.
Às vezes acredito nisso,
na maioria das vezes não acredito.
Eu já falei, já cantei, eu já chorei meu silêncio e solidão.
A fim de encontrar neles sentido tentei expulsá-los de mim.
Já não sei quem sou.
Eu nunca soube.
E a todo instante o destino me prega peças.
É fácil me definir pelo nome que tenho.
Será que realmente sou o nome que tenho?
Eu sou. Sou eu. Quem sou?
Sou eu. Eu sou quem?
Só me resta ser.
Não sei por quanto tempo mais serei,
já que não sei quem sou, eu serei. Me farei ser.
De repente encaro meus olhos e sei o que não sou.
Não sou apenas eu.

Sara.

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