O Devaneio de Angeline.

Enfim descansa, aquilo que te formou.
Debruçada sobre a terra.
O Céu, ela se pôs a contemplar.
Pensar às vezes custa caro.
Germinou. aquilo que ela plantou a tanto tempo atrás.
Tarde demais?
Nunca é tarde para cultivar algo.
As nuvens assumiam formas conhecidas,
mas impossíveis de ser descritas.
A cada piscada, uma cena diferente no céu.
Ela insiste em querer descrevê-la,
mas ela é fugaz.
Se desfaz tão facilmente
que não há tempo para descrevê-la minunciosamente.
A razão se foi
e não sobrou nada para racionalizar...
A sombra sobre a qual ela se deita,
se movimenta com o vento.
Não há motivos para querer levantar,
mas algo dentro dela anseia pelo sono.
Ela aceita o convite, adormece.
Como se tivesse dificuldade para emergir da água.
Olhos semicerrados,
Uma mão vai aos olhos e outra pressiona para levantar o corpo.
A sombra já se foi, o sol a desperta em sua cama.
Ela não se lembra de ter ido para a cama na noite anterior.
Ela não se lembra de seus sonhos.
Ela amanheceu com uma frase na cabeça:
Enfim descansou, aquilo que te formou...
Passou o dia pensando naquela frase...

Sara.

Comentários

Postagens mais visitadas