Pensamentos noturnos.

Uma angústia tão comum.
um sentimento de vazio
de eterna construção,
mas ao mesmo tempo de desespero.
Se não posso deixar meus genes para a eternidade
para se perpetuarem
o que posso fazer?
Deixar meus pensamentos refletidos,
ponderados, aturdidos.
Deixar palavras que possam
fazer sentido.
Deixar que livres elas componham algo
que possa ser eu,
ou estar relacionado a mim,
ou que apenas me lembre
de alguma forma.
O medo da finitude,
só é superado pelo medo do esquecimento,
de certa forma eles se sobrepõem.
Quando tudo findará?
O que deixo para o mundo
neste momento?
São apenas palavras, mas que sempre
assombram
meus pensamentos noturnos.

Sara.


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