Cerco.
Me sinto confusa, inebriada pelos meus medos
Encarcerada pelas inseguranças
Crente da desgraça iminente
Quero colo e carinho
Mas meus braços são espinhos que não posso podar.
Vivo de presente, mas ele não quer viver de mim
O futuro que nunca existiu me entristece a alma
A confusão me toma
O medo do fim
O término de mim
Do eu que forjei agora.
No fundo amargo do alimento que me mantém vivo
Me refugio
Meus pensamentos tentam me convencer que não há vida aqui
Onde me deito a cabeça
a espera de mim.
Onde o caos me encarcera?
Nos montes altos de fogo
permaneço em reclusão
me recusando a pedir pela chuva
eu queimo.
Sara.
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