Uma prisão em meu corpo.

Sinto um peso sobre minhas costas
um peso antigo
e que me faz respirar com dificuldade
Aos poucos ele se transforma em medo
e vai apertando meu coração
ao ponto em que me curvo
e tenho que prender um grito,
um choro,
uma vontade de desistir.

Parece me esmagar pouco a pouco
como se me aprisionasse dentro do meu próprio corpo
esse peso me lembra
de outras prisões em que já estive
A gente sempre reconhece o chão gelado
da prisão quando entra em uma.

Há pistas por todos os lugares,
eu engulo o choro
todos os dias
eu fecho os olhos
para a sobrecarga
e a exaustão que atravessam meu corpo

O que antes era fuga, hoje machuca
Os infernos que a gente atravessa
estão conosco onde quer que a gente vá.
Eu olho pro horizonte e não enxergo nada.
Há dor no meu corpo
uma dor antiga e familiar.

Sara.

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